sexta-feira, 28 de setembro de 2012

David (2009)

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David de José Ramón Samper Bernad é uma curta-metragem espanhola cujo único aspecto positivo que lhe posso apontar é a magnífica escolha para a sua banda-sonora.
Nesta curta encontramos um homem que recorre às páginas de anúncios sexuais de um jornal, onde procura um jovem para um encontro ocasional. Uma vez encontrado combina um encontro que irá culminar com um confronto "silêncio" entre gerações. Um novo e perdido num submundo de onde dificilmente irá sair, e o outro já com uma certa idade e amargurado por a sua juventude ser apenas um pensamento perdido no tempo.
Independentemente dos diálogos não serem um requisito obrigatório para a transmissão de uma mensagem num filme, não deixa também de ser verdade que quando estes não existem, é necessário poder existir uma forma bem convincente para que a mensagem pretendida seja transmitida de forma a que o espectador com ela simpatize e se identifique.
Aqui apesar dela chegar ao espectador, torna-se impossível existir essa empatia pois é impessoal, fria e pouco expressiva. O actor mais jovem, estático e sem qualquer reacção, nem tão pouco vive a sua personagem de forma a que possa ser conotado apenas e só com o factor "dinheiro" que o levou àquela situação. Quanto ao mais velho, por sua vez, não consegue criar uma imagem convincente de que realmente se lembra da sua juventude, da perfeição do seu corpo e de algo que em tempos foi. De facto existe uma tentativa de mostrar a passagem dos anos e do tempo mas sem qualquer tipo de empatia transmitida para o espectador.
E tão depressa começa como termina (felizmente)... Fútil, decadente e sem grande conteúdo à excepção de ser mais incomodativa do que servir como uma referência sobre o facto de que tudo passa... especialmente o tempo e com ele a juventude.
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1 / 10
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